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domingo, 11 de outubro de 2020

Arrigo Barnabé

 Clara Crocodilo

Clara Crocodilo

Arrigo Barnabé nasceu em Londrina em 14 de setembro de 1951. Arrigo é um músico, compositor e ator brasileiro. Membro de diversos movimentos de vanguarda.

Seu grande reconhecimento pelo público (paulista) veio logo com o primeiro disco, o álbum conceitual, para muitos uma Ópera Rock, o clássico Clara Crocodilo, em 1980, quando foi recebido pela imprensa como a maior novidade (vanguarda) da música e do Rock brasileiro desde A Tropicália. Em suas composições, Arrigo mistura elementos da Música Erudita do século XX (ver Bohemian Rhapsody da banda Queen) e letras ferinas sobre a vida na grande cidade (Premeditando o Breque e Joelho de Porco). É comum a utilização de séries dodecafônicas, aliada a uma prosódia muito próxima da fala urbaba do seu tempo (São Paulo SA, de Luiz Person).

A música complexa de Arrigo Barnabé e sua super banda Sabor de Veneno está muito ligada a outros artistas como Itamar Assumpção e Banda Isca de Polícia (Pretobrás...), grupos de rock alternativo como a banda Rumo, o Premê, já citado, o Língua de Trapo de Laerte Sarrumor (Os Metaleiros também amam, Festival da Canção). Esses artistas e grupos (de Rock) estavam inseridos num contexto que acabou conhecido como Vanguarda Paulista.

Além das canções de Clara Crocodilo que entorpeceram a juventude alternativa de SP, outras canções como Uga Uga, hit dos anos 80 com participações de Eliete Negreiros e a figurassa Vânia Bastos (Baratos Afins) nos vocais, foram sucessos bastante prestigiados.

O compositor escreveu várias composições para trilhas sonoras de filmes brasileiros e a faixa título de seu álbum Tubarões Voadores é baseada em uma história em quadrinhos do cartunista Gê.
Dos anos 90 pra cá, Arrigo apresenta um programa, Supertônica, na Rádio Cultura AM de SP, onde também trabalhou figuras como Jai Mahal.

Em 1987, Arrigo trabalhou como ator na novela folhetinesca Direito de Amar ao lado do músico e amigo Tim Rescala (Chico Anysio). Aparece na letra de Língua, de Caetano Veloso e ilustra versos de canções humorísticas de Rogério Skylab.

Ano passado lançou seu primeiro livro e obteve algum sucesso, No Fim da Infância. A obra, nada mais é do que memórias do próprio Arrigo Barnabé!

It's only rock'n roll... but get I like it!


Por


Rodrigo Augusto Fiedler
(Rodtigão da Penha, o Professor)

quinta-feira, 8 de outubro de 2020

Arnaldo Baptista

 Lóki!

Arnaldo Dias Baptista, 6 de julho de 1948, São Paulo, SP é um dos maiores gênios, senão o maior das experiências da Música Popular Brasileira com o Rock.
Sua carreira foi precoce e em 1962, com apenas 14 anos, Baptista já tinha sua banda de rock ao lado de seu irmão mais velho, o Cláudio César. Em 1966, já com 18 anos e um pouco de estrada, ele chama seu outro irmão, o virtuoso guitarrista Sérgio Dias para se juntar a um novo grupo: Six Sided Rockers. Nesta segunda experiência, já havia a presença de Dinho e Rita Lee - pronto - estava formado os Mutantes. Cabe dizer que em diversas viagens aos USA e Reino Unido, Arnaldo trouxe uma gama interessante de instrumentos e aplificadores. Sim, os Mutantes iam, porque iam escrever um longo capítulo da história do Rock Nacional.
Os discos dos Mutantes passaram a ser produzidos e gravados concomitantemente ao movimento de Rogério Duprat e sua Tropicália. Inclusive, os Mutantes, ao lado de Gil, Caetano, Tom Zé, ora ou outra a Gal, entre nomes menores deram vida ao movimento! Uma das principais canções de Mutantes 1, de 68 é Panis at Circenses, da parceria Caetano e Gil.
Arnaldo, líder dos Mutantes, conduziu tudo isso com maestria.
Ainda no boom dos Mutantes, entre o fim dos anos 60 e início dos anos 70 (em 1971 gravaram Jardim Elétrico, o melhor disco da História do Rock Nacional), Arnaldo se casa com Rita Lee numa cerimônia bastante alternativa. Entretanto, já nesta época a saúde mental de Arnaldo foi se danificando, pelo uso contínuo de LSD e por fatores pré-existentes. Arnaldo Dias Baptista teve em torno de 5 internações psiquiátricas graves na primeira metade dos anos 70, com isso o casamento acabou e a liderança dos Mutantes passou para Sérgio, que apostou em Rock Progressivo.
Baptista foi convidado a fazer parte do projeto, mas queria mesmo é Rock'n Roll. Nisso, em 77, fundou a Patrulha do Espaço, banda de rock alternativo que durou apenas um ano.



Depois de quase 20 anos se tratando de uma possível esquizofrenia no interior das Minas Gerais e ter sido acolhido por muita gente bacana como o guitarrista John do Pato Fu e por Samuel Rosa do Skank e um Nando Reis já em carreira solo, Arnaldo reage e, junto de seu irmão Sérgio, em 2006, decide retomar os Mutantes dos anos 60. Rita Lee não concordou em participar do projeto e a dupla de irmãos da Vila Madalena resolveu escalar Zélia Duncam para o feito.
Venderam uma boa quantidade de discos, o DVD atingiu ouro e platina e para selar o sucesso, fizeram um mega espetáculo na Praça da Independência nas cercanias do Museu do Ipiranga para comemorar, gratuitamente, o aniversário de São Paulo em 25 de janeiro de 2007 (eu estava lá).
Depois disso, para manter a mente produtiva e se afastar definitivamente dos surtos psicóticos, Baptista seguiu o caminho de Artista Plástico. No mundo da música, para ele tão difícil, sobrou a possibilidade de produzir uma hiper homenagem aos Mutantes. A coletânea: El Justiciero Cha Cha Cha...
Arnaldo produziu e ilustrou a capa.
Ele não é Syd Barret, mas eu diria:
Shine on...
Por
Rodrigo Augusto Fiedler
(Rodrigão da Penha, o Professor)

Arnaldo Antunes

 O pulso ainda pulsa

Arnaldo Augusto Nora Antunes Filho, ou simplesmente, Arnaldo Antunes nasceu em São Paulo, Capital, aos 2 de setembro de 1960, logo, aos 60 anos, Antunes é um músico, poeta, compisitir e artista visual - paulista e brasileiro.
Quarto de sete filhos, Arnaldo, em 1978, ingressou na USP - FFLCH para cursar Linguística, todavia o seu sucesso com os Titãs fez com que este sonho não se viabilizasse.
De 1982 a 1992, Antunes foi um dos Band Leaders dos Titãs, assumindo a grande maioria das composições mais ácidas e agressivas da banda. Mesmo depois de sua saída formal, Arnaldo Antunes continuou a compor para o então septeto roqueiro paulista e, em algumas oportunidades, como no Acústico MTV de 1997, Antunes participou ao vivo com a banda, cantando O Pulso, canção originária de Õ Blesq Blom, disco de 1989.



Antunes deu muita viabilidade e visibilidade no campo das poesias e, no início, manteve uma carreira solo bastante tímida, porém com bons discos, principalmente ao longo dos anos 90.
Em 2002, se aproximou de Carlinhos Brown e Marisa Monte para um projeto bastante interessante: Os Tribalistas. Letras simples e bastante populares, mescladas com forte poesia de Antunes, com a voz inigualável de Monte e com os experimentalismos de Brown fizeram o projeto dar certo e atingir comoção nacional. Em tempo, cabe salientar que Antunes já vinha trabalhando ativamente como parceiro compositor de Marisa desde o segundo disco dela: o Mais.
Em 2017 os Tribalistas tentaram uma nova união, mas nada chegou nem aos pés de sucessos como Já Sei Namorar e Velha Infância.
Arnaldo atuou como ensaísta e articulista na Folha de São Paulo e em 2007, lançou o primeiro DVD de sua carreira, o premiado álbum denominado "Ao Vivo no Estúdio". Este DVD passeia por toda sua carreira e traz a participação de Nando Reis e Branco Melo, dos Titãs, Edgard Scandurra, que além de ser seu grande parceiro é guitarrista do Ira! e dos Tribalistas.
Enfim, a Revista Rolling Stone brasileira o catalogou como um dos 100 maiores artistas da Música Brasileira.
De fato:
O pulso... ainda pulsa!
Por
Rodrigo Augusto Fiedler
(Rodrigão da Penha, o Professor)