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terça-feira, 24 de novembro de 2020

Bad Religion

 Bad Religion

 

Bad Religion é uma banda estadunidense de punk rock formada em 1979 por Jay BentleyGreg GraffinBrett Gurewitz e Jay Ziskrout. A banda é frequentemente creditada por liderar uma cena de volta ao punk rock durante o final da década de 1980, influenciando vários outros músicos do estilo em suas carreiras.Já vendeu milhões de discos pelo mundo

São conhecidos por suas letras com temas sociais e por sua habilidade em expressar sua ideologia através do uso de metáforas. Sua formação já passou por diversas mudanças através do tempo, sendo que o vocalista Greg Graffin foi o único a estar em todos os álbuns. No entanto, atualmente, estão na banda três integrantes do quarteto original, além do vocalista Greg estão o guitarrista Brett Gurewitz e o baixista Jay Bentley, que só esteve de fora em um álbum. Destaca-se também o guitarrista Greg Hetson, que ingressou na banda em 1984 e saiu, senão oficialmente, tendo ficado de fora de apresentações desde que Mike Dimkich assumiu seu posto, em abril de 2013.

Bad Religion foi formado em Los AngelesCalifórnia, em 1979 pelos estudantes do ensino secundário Greg Graffin (vocal), Jay Bentley (baixo), Jay Ziskrout (bateria) e Brett Gurewitz (guitarra), este último também conhecido como "Mr. Brett". Suas maiores influências estão nas primeiras bandas de punk rock tais como RamonesBlack Flag e The Clash. Fora do movimento punk, suas influências também incluem Beach BoysElvis CostelloTodd RundgrenThe Jam e Nick Lowe, e autores como Jack Kerouac[1] e Noam Chomsky.[2]

Em 1981 a banda lançou seu primeiro EP, homônimo, através de sua recém aberta própria gravadora, Epitaph Records, que era gerenciada por Gurewitz. No ano seguinte a banda lançou o primeiro álbum, How Could Hell Be Any Worse?. Durante sua gravação Jay Ziskrout deixou a banda, tendo sido substituído por Peter Finestone.

Foi lançado em 1983 o álbum Into the Unknown, um álbum de rock progressivo bastante impopular entre os fãs mais assíduos e que está, atualmente, fora de circulação. No ano seguinte, Greg Hetson do Circle Jerks, que já havia tocado um solo de guitarra em "Part III" de How Could Hell Be Any Worse?, entrou na banda para substituir Gurewitz, que estava em reabilitação por problemas com drogas. A banda voltou ao seu estilo do primeiro disco,lançando um EP titulado Back To The Know, o qual é considerado tão bom que músicas como Along The Way e Frogger são pedidas até hoje. Mas a banda encerrou suas atividades logo após.

A banda foi lentamente reformada, com Jay Bentley sendo chamado por Greg para voltar ao grupo. Após ter sido assegurado que a lista de faixas do primeiro concerto de volta consistiria na maioria das faixas de How Could Hell Be Any Worse?, ele aceitou voltar à banda para este concerto, mas acabou retornando como membro oficial. Gurewitz, agora reabilitado, também foi convencido a voltar à banda.

Lançaram então Suffer em 1988. Os álbuns No Control (1989) e Against the Grain (1990) aumentaram a popularidade da banda, seguidos de Generator (1992). Em 1991, antes das sessões de gravação de Generator, o baterista Pete Finestone deixou a banda para focar-se em sua outra banda, The Fishermen, que havia assinado contrato com uma grande gravadora, tendo sido substituído por Bobby Schayer.

Também em 1991 foi lançado o primeiro álbum de compilação, 80-85, uma repacotamento de How Could Hell Be Any Worse?Bad Religion e Back to the Known, além das três contribuições da banda para o EP Public Service. Esse álbum está atualmente fora de circulação, tendo sido substituído pelo relançamento de How Could Hell Be Any Worse? de 2004, com a mesma lista de faixas.

Com o sucesso do rock alternativo e do grunge na grande mídia, a banda deixou a Epitaph Records para assinar contrato com a Atlantic Records, re-lançando então seu sétimo álbum de estúdio, Recipe for Hate (1993), agora em uma grande gravadora. O álbum foi seguido de Stranger than Fiction (álbum) (1994), e Gurewitz deixou a banda novamente logo após seu lançamento. Ele citou oficialmente a quantidade de tempo gasta nos escritórios da Epitaph pelo fato da banda The Offspring ter se tornado uma das maiores bandas de em meados da década de 1990. Entretanto, tanto Gurewitz quanto vários outros fãs acusaram a banda de "vendida" por ter deixado a Epitaph para buscar maior retorno financeiro.[3]

Gurewitz foi substituído como guitarrista por Brian Baker, ex-membro de bandas como Minor Threat e Dag Nasty. Com a saída de Gurewitz, Greg tornou-se o principal compositor da banda. Em 4 de março de 1998, "Stranger than Fiction" tornou-se recebeu a primeira certificação da RIAA para a banda, o ouro, com mais de meio milhão de cópias vendidas nos Estados Unidos.

A banda continuou sem Brett Gurewitz e lançou mais álbuns pela Atlantic Records. The Gray Race (1996), produzido pelo ex-líder do Cars, Ric Ocasek, tornou-se um sucesso razoável, apesar da desaprovação dos fãs em relação à ausência de Gurewitz. O álbum lançou o hit "A Walk", assim como o lançamento para a Europa de "Punk Rock Song" (cantada tanto em inglês quanto em alemão). A popularidade de The Gray Race proporcionou à banda a construção de uma nova legião de fãs.

Seu próximo álbum, No Substance (1998), não foi bem recebido pela crítica e pelos fãs. O álbum conta com o convidado the Campino, vocalista do Die Toten Hosen, na faixa "Raise Your Voice". Apesar do desapontamento, no mesmo ano a banda liderou o "Vans Warped Tour", dividindo palco com bandas como NOFXRancid e Deftones.

Para o álbum The New America (2000), a produção foi feita por Todd Rundgren, uma das primeiras inspirações de Graffin. Na mesma época, Bobby Schayer deixou a banda com problemas no ombro, tendo sido substituído por Brooks Wackerman (Suicidal Tendencies). Com a queda da popularidade, o Bad Religion saiu da Atlantic Records em 2001 para retornar à Epitaph Records.

Brett Gurewitz voltou ao grupo em tempo para gravar The Process of Belief (2002). O próximo álbum, The Empire Strikes First, foi lançado em junho de 2004. os dois álbuns são considerados um retorno às origens da banda, em oposição ao seu período na Atlantic.




A banda relançou versões remasterizadas digitalmente de vários de seus álbuns, incluindo How Could Hell Be Any Worse?SufferNo ControlAgainst the Grain e Generator. O relançamento de How Could Hell Be Any Worse?, apesar do nome igual ao primeiro álbum, contém o mesmo material da compilação 80-85, incluindo o primeiro EP, Public Service.

Em 7 de março de 2006 foi lançado o DVD ao vivo Live at the Palladium, contendo um concerto realizado no final de 2004 no Hollywood Palladium, entrevistas, vídeos musicais e uma galeria de fotos. Em Abril de 2007 a banda voltou a fazer shows na América do Sul. Foram cinco concertos em três países (ChileArgentina e Brasil). Em terras brasileiras foram três concertos, nas cidades de Curitiba (13 de março), São Paulo (14 de março) e Rio de Janeiro (15 de março).Em 10 de março de 2007 a banda lançou pela Epitaph Records o álbum, New Maps of Hell.

A banda lançou o álbum The Dissent Of Man no dia 28 de setembro de 2010 que teve uma grande aprovação pelos fãs.True North foi o décimo sexto álbum de estúdio da banda, lançado em 22 de janeiro de 2013 pela Epitaph Records. No dia 29 de outubro de 2013 é lançado o décimo sétimo álbum de estúdio, intitulado Christmas Songs. O álbum conta com oito covers de músicas natalinas e uma versão remix de American Jesus além de ser o primeiro álbum do Bad Religion que não conta com Greg Hetson na guitarra desde 1983Into the Unknown, e pela primeira vez eles gravaram em quinteto desde o álbum de 2000The New America.

Em outubro de 2016Brooks Wackerman deixa oficialmente a banda para se juntar ao Avenged Sevenfold e o substituto para o posto das baquetas é Jamie Miller.

Em 3 de maio de 2019, lançaram seu décimo sétimo álbum de estúdio, intitulado "Age Of Unreason", em que a banda traz metáforas bem escritas e críticas sociais que evidenciam os problemas que os Estados Unidos e o mundo viveram na última década.

 

Black Flag

Black Flag

Formado em 1976 e inicialmente chamado de Panic, Greg Ginn insistia que a banda ensaiasse algumas horas por dia. A ética de trabalho era muito desafiadora para alguns membros iniciais. Keith Morris, o primeiro vocalista e Ginn demoraram algum tempo para achar um baixista, então ensaiavam sem um, um fator que levou Ginn a buscar um som mais barulhento e fez dele um guitarrista brilhante. Às vezes, o irmão de Ginn, Raymond Pettibon, tocava baixo nos ensaios.

Chuck Dukowski, baixista do Wurm naquela época, passa a gostar da proposta do som e entra para a banda, estabilizando a formação como: Morris no vocal, Ginn na guitarra, Dukowski no baixo e o baterista Brian Migdol. O primeiro show da banda foi em dezembro de 1977 na Redondo Beach, Califórnia. Para evitar confusão com outra banda chamada Panic, eles mudaram o nome para Black Flag em 1978.

Neste mesmo ano lançam "Nervous Breakdown", pela gravadora SST, de Greg Ginn. Em janeiro de 1979, na Redondo Beach, tocaram seu primeiro show com o novo nome. Era a primeira vez que Dez Cadena assistia a banda tocar. Morris abandona a banda por não aguentar mais ouvir ordens e formou o Circle Jerks e logo após Migdol sai do grupo. Inicia-se, então, um entra e sai de integrantes.

O porto-riquenho Chavo Pederast, cujo nome verdadeiro é Ron Reyes, substituiu Morris nos vocais mas saiu logo após as gravações do EP "Jealous Again", de 1979 devido ao mau relacionamento com Ginn, indo tocar com o Redd Kross. Dez Cadena, fã da banda, torna-se o novo vocalista e gravou, além de outras músicas, o single "Six Pack" de 1981, até assumir a guitarra, dando lugar a Henry Rollins, no início de 1981.

Henry Rollins era um fã que vivia em Washington D.C. e cantava na banda State of Alert já se correspondia com o Black Flag e os conheceu quando passaram pela sua cidade para tocar. No bar improvisado, ele pede para cantar Clocked In com a banda. Eles aceitam e Dez Cadena assume a guitarra e, ao fim da apresentação, a banda o convida para se tornar um membro permanente pois ficaram impressionados com sua performance. Ele fica na dúvida mas acaba aceitando após ser encorajado pro Ian MacKaye. Daí em diante, Rollins passa a ser roadie da banda até o fim da turnê para aprender as músicas enquanto Dez Cadena aprende as guitarras com Ginn para ser o segundo guitarrista. Outro ponto que impressionou o resto da banda foi o fato de que, em uma época em que o punk rock era a única coisa que a maioria deles ouvia, Rollins escutava outras coisas como go-go, que é um subgênero do funk


Com a sua entrada houve uma mudança na atitude e no som do Black Flag, tornando-se mais sério, diferente dos vocalistas anteriores. Músicas como Six Pack, que foram escritas por Morris antes de sua entrada, que continham letras com humor negro, não tinham mais espaço no Black Flag naquele momento. Os discos que vieram depois de sua entrada foram: Damaged, de 1981, [1] My War, de 1983, Slip It In, de 1984, Loose Nut e In My Head, de 1985, influenciando além de inúmeras bandas de hardcore, bandas do meio alternativo como MelvinsNirvanaL7 e Mudhoney assim como eles, segundo Rollins haviam sido influenciados por Black Sabbath.

A banda se desfez em outubro de 1986 quando Ginn diz que iria deixar a banda. Todos concordaram que como ele era o único membro original não havia sentido em continuar, então encerram a banda e Henry Rollins cria o Rollins Band. Greg Ginn monta vários projetos como GoneGet Me High e October Fashion.

Em 2013, a banda anuncia que voltaria à ativa com o vocalista Ron Reyes (Chavo Pederast) que já foi membro da banda na época das gravações de Jealous Again/The Decline Of Western Civilization. A escolha de Reyes para o retorno foi fácil já que o último que assumira esse papel foi Henry Rollins, que não tem se dedicado nem a sua carreira solo com a Rollins BandDez Cadena decidiu aposentar-se da música, largando o Misfits e Keith Morris está de 'vento em popa' com sua banda Off!. Sobrando assim Reyes a banda anuncia que também iria lançar um novo álbum de inéditas. Após algumas apresentações Ron Reyes é expulso novamente e em seu lugar entra Mike Vallely. As posições de baixista e baterista são trocadas constantemente.

O nome Black Flag é denota do símbolo da anarquia, e de uma marca de spray para matar insetos, e uma citação à banda Black Sabbath, Ginn na época disse que estava confortável com todas essas possíveis aplicações ditas. O irmão de Ginn, Pettibon desenhou o logo da banda: uma estilizada bandeira negra representada como quatro barras que formavam como se fossem pistões. A banda pintou o símbolo pela cidade inteira chamando a atenção das pessoas e irritando as autoridades locais. Pettibon também criou a maioria das capas da banda.

segunda-feira, 23 de novembro de 2020

Arch Enemy

 ARCH ENEMY

(por Caio Braga)

Falar do Arch Enemy é como falar quase que 90% de um inglês criado na Suécia chamado Michael Amott.

Além de reconhecido como um dos maiores guitarristas do metal extremo (e do metal em geral), o cara é o que se pode se chamar de lenda-viva, pois quem acompanha a cena dos estilos mais malditos da música (em especial o grindcore e o death-metal) sabe da importância dos seus riffs e solos em verdadeiros hinos destes.

Depois de sair do Carnage (um dos pilares do death-metal sueco junto com o Entombed e o Nihilist), com quem gravou o seminal Dark Recollections, ele se juntou aos ingleses do Carcass, outra banda que fez história (e que deixo pra uma resenha individual em breve), lançando dois álbuns (Necroticism Descanting the Insalubrious e Heartwork) onde já era nítida sua técnica absurda, que transcendia os limites do death-metal puro e simples que se fazia muito na época.

E foi ao cair fora do grupo britânico que ele se juntou ao irmão Cristopher (também guitarrista e vindo do grupo Armageddon), ao vocalista e baixista Johan Liiva e ao batera Daniel Erlandsson pra formarem o Arch Enemy, que tinha como objetivo juntar o gosto e o background de todos os músicos pelo metal extremo com a sonoridade do metal tradicional e até do progressivo.

Em suma: brutalidade com melodia.


O primeiro álbum, Black Earth, veio em 1996 e os levou a uma bem-sucedida turnê européia e à assinar com a gravadora Century Média, uma das maiores dentro da música pesada.

Algumas mudanças de formação não impediram a ascensão da banda, e em 98 lançaram o espetacular Stigmata, que foi o início da consolidação da banda tanto junto ao público (principalmente o japonês, o maior deles) quanto junto à crítica, assim como entre a própria banda no que tange à  almejada sonoridade mesclada de peso e técnica. 

E aí mais uma troca de cadeiras, agora trazendo o experiente baixista Sharlee Dangelo, que acabou se tornando até hoje um dos membros principais.

Com a formação estabilizada soltam o aclamado Burning Bridges, considerado por muitos seu melhor álbum (não me incluo nessa, mas tudo bem, ele é maravilhoso mesmo assim), que proporciona a eles uma turnê pelo Tio Sam ao lado do Nevermore e também sua primeira passagem pela América do Sul.

Porém Johan Liiva se cansou da estrada e caiu fora, dando a chance de uma loira alemã carismática e com um vocal poderoso (e mais versátil) virar a frontwoman do grupo. 

Após entrevistar o chefão Amott pra um website alemão, ela, quando soube da saída de Liiva, mandou uma fita de uma apresentação sua sem maiores pretensões e o resto é história. 

Começava a “Era Ângela Gossow" no Arch Enemy.

Chutando a porta veio Wages of Sin em 2001, com uma plena aceitação da vocalista e a subsequente  consolidação mundial da banda, o momento em que viraram a chavinha de “revelação” pra headliners e integrantes do primeiro escalão do metal.

Seguiram-se Anthens of Rebbelion em 2003, Doomsday Machine em 2005, Rise of the Tyrant em 2007 e o último com ela, Khaos Legions, em 2011. Fora alguns eps, álbuns e dvds ao vivo e um ótimo álbum de regravações de músicas da era Johan Liiva, Root of All Evil.

Em 2014, de comum acordo e de uma forma absolutamente tranquila e elegante, Ângela deixou o microfone pra cuidar do gerenciamento e empresariado da banda, posto que ocupa desde então. 

Inclusive conta-se que foi ela que indicou Alissa White Glutz, na época vocalista do grupo de metalcore The Agonist, pra ocupar seu posto.

Decisão acertadíssima, algo evidente nos  monstruosos álbuns com ela até o momento: War  Eternal de 2014, Will to Power de 2017 e o de covers Covered in Blood de 2019.

A moça das mechas azuis provou não só estar à altura da antecessora como deixou sua marca, inclusive introduzindo inéditos (e ótimos) vocais limpos no último álbum.

Mais uma vez o Arch Enemy se reinventou e se manteve no topo da sua seara.

E que venha o próximo logo, e vários outros!


Algumas curiosidades:

- Michael Amott foi votado como um dos 100 melhores guitarristas de metal de todos os tempos e como guitarrista do ano pela revista Burn! três vezes.

- Ele também tem outra banda, o Spiritual Beggars, que começou em 1994, de stoner/classic rock e que já lançou nove álbuns.

- Em 2017 toda a formação original do Arch Enemy se reuniu pra alguns shows comemorativos e disso saiu um álbum ao vivo no mesmo ano e um de estúdio com regravações e duas músicas inéditas. 

ÁLBUNS IMPERDÍVEIS :

Stigmata

Wages of Sin 

Will to Power

sexta-feira, 16 de outubro de 2020

AC/DC (postagem póstuma)

Highway to Hell

O ACDC é uma banda australiana de Sidney, formada pelos irmãos Young em meados de 1973/1974. Embora seu estilo visceral os lançassem para o espectro do Hard Rock, seus membros e fundadores sempre preferiram a alcunha de Banda de Rock.

O primeiro álbum, High Voltage, sai ainda na Austrália, em 1975. Até 77 a formação e a integração entre os membros parecia estar ok, mas não: o baixista Mark Evans foi substituído por Cliff Willians e o clima na banda passou pelo seu primeiro desajuste.

Em 1979 a banda, já radicada nos USA, gravou seu primeiro álbum de sucesso astronômico - Highway to Hell, trazendo um Bon Scott cantando muito e coparticipante das composições da banda. Um ano mais tarde, 1980, Scott é encontrado morto no banco de trás do carro de um amigo vitimado de overdose alcoólica.

A banda chegou a parar suas atividades por alguns meses, até que o o bom vocalista da pequena banda Geordie, também australiana, se propôs a audições com os irmãos Young. Em poucas horas Brian Johnson estava contratado para assumir os vocais e também colaborar com as composições no que viria a ser o ACDC nos anos 80.

Em meados ainda de 80 e início de 81, o ACDC lança seu disco de maior sucesso: Back in Black, um disco tão bom e tão completo que mais parece uma coletânea. Back in Black vendeu 50 milhões de cópias, 22 milhões só nos USA e isso imprime a ele o estatus de segundo disco de rock mais vendido da história, atrás apenas de Dark Side of The Moon de Pink Floyd. Os rankings diversos catalogam o ACDC como uma das dez maiores bandas de todos os tempos e a Revista Rolling Stone cataloga o quinteto australiano como um dos 100 maiores artistas de todos os tempos.


Mas a história não se finda em números! Em 1982, a banda lançou seu segundo álbum de maior sucesso - For those about rock (We salute you) e, pela primeira vez, o ACDC colocou um LP em primeiro lugar nas paradas americanas. A canção título, até hoje, miticamente, encerra os shows ao vivo do ACDC, com direito a canhões e tudo mais.

A banda sempre foi longeva e Johnson, Angus e Malcolm sempre foram a espinha dorsal. Agora, de dez anos pra cá, episódios sinistros têm acometido o ACDC.
Em 2014, Malcolm foi diagnosticado com um tipo raro de demência mental, lutou muito contra ela, mas, em 2017 veio a falecer. O sobrinho dos irmãos Young, Stevie, passou a substituí-lo.

E, recentemente, 2016 ou 2017, Brian recebeu o diagnóstico de um problema crônico nos tímpanos que, via de regra, o levaria, em breve espaço de tempo, à surdez total.
Axl Rose (Guns'N Roses), de maneira solidária e muito corroborativa, esteve à frente do ACDC em 2018 para que a banda não cancelasse seus shows.

O ACDC entrou em 2003 para o Rock and Roll Hall of Fame e, durante a cerimônia, Steven Tyler do Aerosmith homenageou o quinteto australiano com versões de Highway to Hell e You shook me all night long.

Brian Johnson, durante o discurso de recebimento do prêmio, ainda deu uma palinha de Let there be Rock!
Sensacional!
Por
Rodrigo Augusto Fiedler
(Rodrigão da Penha, o Professor)

quinta-feira, 15 de outubro de 2020

The Beatles

The Long and Winding Road...

The Beatles foi uma banda de rock britânica formada, a princípio, em 1960 na cidade de Liverpool. Constituída por John Lennon, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Star, é considerada a banda mais influente de todos os tempos.

O grupo fez parte do desenvolvimento da contracultura da década de 60 e do reconhecimento da música popular como forma de arte. Enraizados do skiffle, beat (geração On The Road de Jack Kerouac) e rock and roll (Richards, Berry, Didley, Presley...) da década de 50, seu som incorporava elementos da música clássica e pop tradicional de maneiras inovadoras...


Anos depois, sempre na vanguarda musical, os Beatles incorporaram elementos indianos, orientais, psicodelias e até Hard Rock. Como pioneiros em gravação, composição e apresentação artística, o grupo revolucionou muitos aspectos da indústria da música e foi frequentemente divulgado como líder dos movimentos juvenis da época.

O advento dos Beatles como banda experimental, coisa de adolescentes, deu-se na primavera de 1958. Liderados por John e Paul, traziam um menino tímido para a guitarra solo, George Harrison, e com o não comprometido, Stuart Sutcliffe no baixo. Juntos desde 1958, os três, tinham na bateria um problema: era um troca troca desagradável de aspirantes à bateria, até que em 1960, o bom Pete Best firmou-se com o trio que de Beetles (os besouros), passou a assinar The Beatles (em referência clara ao movimento Beat... - algo como os "fazedores de batidas").


Reza a lenda que no circuíto de pocket shows que a banda fazia, Pete Best passou a furar, daí em 1962, convidaram Richard Starkey, que viria a se consolidar nas baquetas e assumir o nome de Ringo Star. Assim, em maio de 1962 os Beatles já estavam formados, tinham um gerente (manager), o eficiente Brian Epstein e um produtor genial, ninguém menos que George Martin que guiou e desenvolveu suas gravações, expandindo bastante seu sucesso após o primeiro Hit, Love me Do, ainda de 1962. O sucesso consecutivo de singles, o frenesi causado em programas de rádio e televisão agendados por Epstein, mais a firmeza nas composições e o árduo trabalho artístico guiado por Martin, fez que antes do ano virar para 1963, já houvesse por toda Inglaterra um movimento juvenil chamado Beatlemania. O mundo nunca tinha visto nada igual.

As composições eram feitas à 4 mãos e eram assinadas, sugestão de Epstein, como Lennon & McCartney, independente de, caso fosse, uma música solo de qualquer um dos 4. Lennon & McCartney foi e é a marca mais vitoriosa da história da música popular. Ainda naquele ano surgiu o apelido de The Fab Fours, os Quatro Fabulosos e, seja Epstein ou Martin, vira e mexe, eram chamados de "quinto beatle".

Sucesso. O excesso de composições, todas de 1962 e 1963 deram material suficiente para um excelente álbum de estreia: o Please Please Me. Clássicos como Anna, Misery, Boys, Twist & Shout, a música título e o mega sucesso I Saw Standing There colocaram o disco inúmeras semanas nos primeiros lugares, ou melhor, como álbum, em primeiro lugar e como singles, pelo menos 3 ou 4 entre os dez.
Os Beatles foram a primeira banda da história a fazer este feito.

Os Beatles tiveram uma carreira bastante curta, apenas 10 anos. Se contar pelas gravações, apenas 8 anos. De 1962 a 1970, para a infelicidade dos fãs. A carreira dos Beatles pode ser observada como uma curva ascendente no que tange a qualidade e virtuosismo musicais. Para alguns críticos, existem duas ou três fases. Eu prefiro ver os Beatles apenas como uma banda que amadureceu na esteira da história do desenvolvimento do próprio Rock e da música em si.

Os primeiros álbuns, Please Please Me, With the Beatles e A Hard Days Night são o espelho mais fiel do rock and roll britânico, romântico e engraçado. Era música para aquele público, os jovens e, nesta seara, ninguém jamais fez algo melhor.

Os dois discos seguintes, Beatles For Sale e Help, embora bem populares, já apresentam obras mais rebuscadas. Um John Lennon mais inteligente e um Paul McCartney cada vez mais próximo de George Martin, estudando bateria, piano e violões. George bem desenvolvido numa técnica autodidata e Ringo criando compassos cada vez mais complexos para uma pequena bateria Ludwig de 6 peças.

Chega o final de 1965 e os Beatles resolvem ter um momento com o gênio Bob Dylan. Desse contato nasce Rubber Soul, um disco lindíssimo, com pitadas de folk, de country, com um John Lennon escrevendo muito. É p primeiro disco a trazer uma música solo de George. Paul traz Michele e assim eles se preparam para o disco da virada: Revolver. Para muita gente, o melhor disco dos Fab Fours.

Isso ainda em 1966. Observem que os Beatles tinham tão boa safra de composições que num mesmo ano eles eram capazes de gravar 2 discos, e dois discos bons. Nessa fase, de 1965 a 1966, o público começa a mudar. Não é mais rock para menininhas. Os Beatles se tornaram uma banda cult.
Foram à Índia ainda no fim daquele ano e se envolvem com figuras como o Guru Maharishi e o músico, mestre em cítara Ravi Shankar. Geoge Harrison se encanta, aprende algumas escalas no instrumento, coisa que mais tarde aparecia em diversas músicas dos Beatles.


Voltam da Índia no fim de 1966 e rapidamente se juntam, e reúnem os singles e compactos para gravar o mais icônico de todos os álbuns deles (não disse o melhor)...
Sargent Peppers Lonely Hearts Club Band. O Álbum que inspirou Syd Barret a fundar o Pink Floyd. Já neste disco, podemos perceber a dissolução por completo da parceria Lennon & McCartney...
When I'm Sixty Four não tem nada de Lennon e A Day in the Life não tem nada de Paul.
Strawberry Fields, uma música que John fez solo, em homenagem a um orfanato conhecido na Inglaterra não entra no disco e daí, muito antes de Yoko Ono surgir, surgem as primeiras rusgas entre os dois gênios. Paul escreve Penny Lane também de forma solo e a canção, pasmem, também não entra no disco.

Para tentar resolver este problema e muitos outros que estavam, inclusive, por vir, com a gravação do filme infantil Magical Mistery Tour, George Martin dá um tiro de mestre. Lança um "soundtrack" não oficial dividindo o disco da seguinte forma: lado A, trilha sonora e lado B, os singles que ficaram para trás. Strawberry Fields ganha uma chance, Penny Lane também e All You Needs Love, também só de John, fecha o disco. The Fool on The Hill só de Paul está lá também. Tudo certo.

Em 1968 vem a Trilha do infeliz Yellow Submarine e, no mesmo ano, o Álbum Branco. Um disco excelente, na minha opinião e de muita gente, o melhor de todos. Enfim, os Beatles estavam acabando. O disco é um disco de recortes e de músicas solo. Quem se destaca é George Harrison com While my Guitar Gently Weeps que ele grava com o seu amigo Eric Clapton, guitarrista dos Yardbirds.

1969, muitos singles, muitos recortados, mas muitos dos Beatles...
Surgem dois projetos: um disco de singles (Let it Be) e um disco de composições: Abbey Road. O Abbey é gravado primeiro. Billy Preston é chamado para o teclado hammond nas derradeiras gravações e, no início de 1970 sai as filmagens do prédio da Apple com as canções de Let it Be. Billy Preston é então chamado de quinto Beatle.

Sai o Álbum de singles (1968/1970) denominado Let it Be. Nele, Paul inclui a canção The Long the Winding Road, estava dado o golpe de misericórdia: em 10 de abril de 1970, Paul McCartney vai a público e em poucas palavras anuncia - é o fim dos Beatles!




É isso!

Por

Rodrigo Augusto Fiedler
(Rodrigão da Penha, o Professor)

terça-feira, 13 de outubro de 2020

Accept

Deutchland Uber Alis...

O Rock alemão não se basta, nem de longe, da longevidade e sucesso dos Scorpions. Outra banda muito importante para o cenário Rocker, principalmente para o Heavy e Trash Metal, está até hoje em atividade.

Falamos do Accept, uma banda de Heavy Metal alemã fundada em 1976, totalmente influenciada pelo estilo consagrado por Rob Halford e seu impecável Judas Priest. Mas mesmo sob esta forte influência, o Accept sempre teve muita personalidade e obteve um importante papel no desenvolvimento do Heavy e do Trash Metal na Europa não anglófona (embora eles, assim como seus conterrâneos do Scorpions, cantem em inglês).

Devido ao seu estilo rápido e melódico ao mesmo tempo, devido ao inconfundível vocal de seu vocalista mais longevo e importante, Udo Dirkschneider, o grupo serviu de influência para quase todas as bandas de Power ou Trash Metal surgidas depois deles. São, e de longe, os precursores do Speed Metal.

Um ponto bastante alto do Accept, indo bem além da vigorosa e excelente musicalidade, está no conteúdo das letras. Udo e Peter Baltes (guitarrista e baixista, cofundador e compositor do Accept) trazem à tona temas sociopolíticos, como Economia, Preconceito, Racismo e Sexo. Além disso, abusam da metalinguagem e falam deles mesmos, de Rock, de Metal e de muita fantasia. Em algumas músicas o Humor alemão aparece nas entrelinhas.

O Accept é uma banda grande. Uma banda antiga e já fazia Trash Metal muito antes daquilo que muitos chamam de grandes: Slayer, Metallica e Megadeth. Não podemos esquecer os alemães.
A banda ganhou destaque exatamente em 1980, 4 anos após sua fundação. Lançaram o Álbum Restless and Wild que, imediatamente foi um sucesso de público e crítica. Nesta altura do campeonato, o Accept de Udo Dirkschneider já havia invadido a Inglaterra e os USA, países onde o Black Sabbath, então com Ronnie James Dio e o Judas Priest do lendário Rob Halford já reinavam absolutos. O Iron Maiden engatinhava e Metallica, Slayer, Anthrax e Megadeth ainda nem existiam.

Um ano depois, mais um grande Álbum, Balls to the Wall (álbum cujo todo set list foi e é um sucesso) consolida o Accept entre os grandes e, na virada para 1982, fecha-se a trinca de ases com Metal Heart. Os três álbuns consecutivos do Accept do início dos anos 80 estão, simultaneamente, bem classificados em todas as listas de bons discos de Heavy Metal da História. Balls to the Wall toca até hoje nas rádios, inclusive brasileiras, como a 89 e a Kiss FM e mostra para o mundo a que veio os alemães do Accept.

Em 1996, encerraram as atividades (temporariamente), porém voltaram nos meados dos anos 2000, porém sem Udo. A banda é ainda MUITO incrível, mas confesso, não é mais a mesma coisa. De 2009 até hoje lançaram mais 3 bons Álbuns, Blood of the Nations, Stalingrad e Blind Rage, sendo que este último estreou no topo das paradas alemãs.
Vida longa ao Rock do Accept! E se você não conhece, dê-se a chance de cultuar uma das maiores, senão a maior banda de Speed Metal em atividade. Os caras são (muito) bons.


Por


Rodrigo Augusto Fiedler
(Rodrigão da Penha, o Professor)
Homenagem ao meu amigo, baterista, desenhista, professor e tatuador,