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domingo, 11 de outubro de 2020

Art Tatum

The Touch

Arthur Tatum Jr. ou simplesmente Art Tatum nasceu em Toledo no Estado de Ohio aos 13 de outubro de 1910 e nos deixou em Los Angeles, Califórnia aos 5 de novembro de 1956.

Tatum foi muito mais do que um pianista de jazz. Tocar piano nos anos 30 e 40, com a concorrência de Duke Ellington era algo muito difícil, e, mesmo assim, o jovem Arthur conseguiu o seu espaço.
Quase totalmente cego, desenvolveu uma personalidade introvertida que contrastou com a exuberância de sua técnica, rapidez e criatividade.

Tatum teve alguma instrução musical na Toledo School of Music. Atuou como pianista solo acompanhando grandes nomes do Jazz. Isso entre meados dos anos 30 e 50, nos anos 40, formou um trio com o exímio contravaixista Slam Stewart e com o bom guitarrista Tiny Grimes, mais tarde substituído pelo virtuose Everett Barsdale.

Seu estilo é próprio - virtuoso, rápido, eclético e criativo. Seu repertório era baseado em releituras e infinitas variações dos Standards.

Tatum completou um ciclo de pianistas que, juntamente com Fats Waller e o grande Earl Hines, buscaram com espírito de vanguarda, afastando o piano virtuoso do Jazz Stride e do velho Ragtime. Sua música exerceu influência sobre músicos que com ele aprenderam muito: falo de Bud Powel, Herbie Hancock, Oscar Peterson, Charlie Parker, Coltrane e muitos outros...

A obra de Tatum não se consumiu nele mesmo! Atravessou gerações do Jazz... um toque, uma tecla, uma oitava, uma música!

John Coltrane sabe dizer que toque é este!

Por

Rodrigo Augusto Fiedler
(Rodrigão da Penha, o Professor)

Ahmad Jamal

O piano mágico

Ahmad Jamal ou Frederick Russel Jones nasceu em Pittsburg aos 2 de julho de 1930 e ainda permanece vivo e tocando. Talvez o mais longevo pianista de Jazz da história com quase 90 anos e pleno domínio do piano. Jamal foi e é um pianista de jazz estadonidense que foi reconhecido no mundo da música alternativa e sofisticada pela rapidez com que passeava nas oitavas do Piano. Jamal teve sólida carreira solo e foi marcado por exímias apresentações no Carneggie Hall, principal casa de espetáculos do Jazz, onde se apresentaram nomes brasileiros como João e Astrud Gilberto ao lado do gênio Stan Getz.

Jamal não era e nunca foi um músico de apoio, porém, grandes nomes do Be Bop e do Fusion, sempre contavam com ele para encrementar suas audições.
Miles Davis, o príncipe do Trumpete, músico solo, quando convidado para grandes projetos, não tinha dúvidas: escalava Ahmad Jamal para o Piano e, de forma humilde, dividia os louros com o pianista no sucesso de suas apresentações.

Nos anos 60, auge das apresentações de Jazz, o ícone Davis montou um quinteto de muito respeito na História do Jazz. Deste quinteto, obras standard como clássicos de Gershwin e Cole Porter engrossavam o repertório. Era a festa da virtuose.

Miles Davis, Ahmad Jamal, John Coltrane, Red Garland, Paul Chambers e Philly Joe Jones...
Não tinha para ninguém! Foi a melhor formação jazzística que se tem notícia.
Em carreira solo, Jamal gravou cerca de 30 discos, destes 30, uns 20 foram pleno sucesso no mundo do jazz.

Não era para qualquer um acompanhar Davis e Coltrane.

Só mesmo, um piano mágico!

Por

Rodrigo Augusto Fiedler
(Rodrigão da Penha, o Professor)

quinta-feira, 8 de outubro de 2020

Al Jarreau

 A voz do Jazz

Alwin Lopez Jarreau nasceu em Milwalkee aos 12 de março de 1940 e veio a falecer em Los Angeles aos 12 de fevereiro de 2017. Conhecido há muito tempo pelo pseudônimo de Al Jarreau, foi um cantor de jazz e soul estadunidense. Bastante versátil, passeava entre o repertório popular, o jazz, o soul e o R&B com a maior facilidade. Ganhou 7 vezes o Grammy, quase sempre, em categorias distintas.
Filho de um Reverendo Cristão, Jarreau começou a cantar no coral de sua igreja com apenas 4 anos de idade. Além disso, Al Jarreau se apresentava, ainda criança ora sozinho, ora com seus irmãos. Seu talento era precoce. É interessante citar que há uma grande possibilidade de estarmos falando de um gênio superdotado, pois Jarreau se destacava no canto, nas artes, nos esportes, na gramática e na matemática, sendo sempre um aluno muito acima da média. Este aproveitamento alto o levou para o famoso colégio Rippon College em Wisconsin. Mesmo rendendo bem na escola, Al Jarreau continuou a cantar nos finais de semana e também aos feriados com intenção de se divertir. Lá em Wisconsin ele se associou a um grupo vocal chamado The Indigos que, já naquela época, fazia certo sucesso local.



Após os tempos de estudos e Universidade, Al Jarreau foi tentar a vida na Califórnia e se radicou em Los Angeles. Entretanto ele não tinha aptidão para trabalhos formais e foi buscar um alicerce na música. Após algumas audições, já em 1975, Al Jarreau foi contratado pela gigante Warner Bros e logo seu primeiro álbum, We Got By, foi aclamado pela crítica e recebeu um Grammy na Alemanha. O álbum seguinte, Glow, e o quarto, All Fly Home, lançado em 1978 nos USA, também renderam muitos prêmios. Ainda neste ano, ganhou o Grammy por melhor vocalista de Jazz e este feito se repetiu em 1980, com mais duas estatuetas.
Em 1984 para 1985, Al Jarreau participou, ao lado de Ray Charles, Michael Jackson e Tina Turner, entre outros capitaneados pelo maestro da Motown, Quincy Jones, do mega projeto USA for Africa e, ainda em 1985, Al Jarreau, ao lado de James Taylor e George Benson, participou da noite de Jazz do primeiro Rock' in Rio.
Em 1996, Al Jarreau emprestou a voz e a cênica para o Musical Grease, chamado no Brasil de Nos Tempos da Brilhantina...
Foi um sucesso por três meses consecutivos.
Al Jarreau, mais do que um Hall of Fame, ganhou sim uma estrela na Calçada da Fama em Hollywood.
Merecedor!
Aos gênios, os louros!
Por
Rodrigo Augusto Fiedler
(Rodrigão da Penha, o Professor)